Gosto dessas coisas escritas em folha de papel de pão. Sentimentos rasgados, sentimentos em toda sua pemuta de exposição. Ando cansada, velha e cheia desses medos nórdicos.De qualquer forma, ganhei dentro de duas pequenas folhas dobradas, o melhor presente do mundo: o amor.
Para mim o universo pulsa a favor quando penso que há quem pare o tempo pra se dar. Qualquer resquício de desdobramento de alma. E amo esse cheiro velho, das nossas micro velharias que se renovam sempre, em folhas, as vezes até sem lágrimas. Cá estou com medo da vida apertando nas mãos essas letras tão sinceras. Já é hora de trocar de roupa, levantar da cama e observar o sol germicida engolir nossos erros. Me cansam esses medos de horas, de tempos marcados e de insegurança. Pare! Não me importo com a velocidade dos passos. Não conte-os, apenas deixe que sejam, um, outro, as vezes entendo esse caminhar atrapalhado, de dois em dois, sabe se lá da métrica. Não queria enxergar mais panos nos teus pequeninos olhos, convictos sim, do que são. E apenas dizendo: sei mas não quero que sejam, as vezes não somos.E daí? Amo papel de pão. Amo lágrimas, suas risadas tímidas. Tenho medo das cortinas no teu peito, da tua janela entreaberta e daquela luz acesa quando tem que haver escuridão.
Nenhum comentário:
Postar um comentário