sexta-feira, junho 25, 2010

Gosto dessas coisas escritas em folha de papel de pão. Sentimentos rasgados, sentimentos em toda sua pemuta de exposição. Ando cansada, velha e cheia desses medos nórdicos.De qualquer forma, ganhei dentro de duas pequenas folhas dobradas, o melhor presente do mundo: o amor.
Para mim o universo pulsa a favor quando penso que há quem pare o tempo pra se dar. Qualquer  resquício de desdobramento de alma. E amo esse cheiro velho, das nossas micro velharias que se renovam sempre, em folhas, as vezes até sem lágrimas. Cá estou com medo da vida apertando nas mãos essas letras tão sinceras. Já é hora de trocar de roupa, levantar da cama e observar o sol germicida engolir nossos erros. Me cansam esses medos  de horas, de tempos marcados e de insegurança. Pare! Não me importo com a velocidade dos passos. Não conte-os, apenas deixe que sejam, um, outro, as vezes entendo esse caminhar atrapalhado, de dois em dois, sabe se lá da métrica. Não queria enxergar mais panos nos teus pequeninos olhos, convictos sim, do que são. E apenas dizendo: sei mas não quero que sejam, as vezes não somos.E daí? Amo papel de pão. Amo lágrimas, suas risadas tímidas. Tenho medo das cortinas no teu peito, da tua janela entreaberta e daquela luz acesa quando tem que haver escuridão.

sexta-feira, junho 11, 2010

Posso te falar do tempo

Penso no peso das coisas. Subitamente acordo para a falta de.
Entre miolos tão desmiolados: olho, evoco, despisto e disparo rajadas tão translúcidas quanto o peso de-'de pensamentos', tão somente e muitas vezes subjetivo e muito fatidicamente alienados em mim. Sem críticas tão ferrenhas. Não me leve a mal. Sem papo de professorinha. É hora de ouvir. Ideias de mundo, soltas                      vagas.
Parei, fitei a cozinha vazia e me soaram todos os badalares de sinos que creio, não quero repetir a minha sonoridade poética, que creio, pronto me repito,- mais não existem, penso na unidade de cada visão de mundo;
Olho pro horizonte de azulejos piamente brancos e relembro que esquecemos da consciência do que não é tão nosso assim. São muros tão visíveis e totalmente incompreensíveis.
do que possivelmente penso, do que vejo, do que é? o que há de haver?
Pestanejo tentando enxergar sobre o que não vejo.É uma saída. Não há uma saída. Acreditemos, somos sim, dentro da minha repetição, parte dela.
Esqueça, as vezes perdemos de forma brutal a percepção.Vez em quando não há ânimo que respeite o que se chama inspiração.


"Posso te falar dos sonhos
De como a cidade mudou
Posso te falar do medo
Do meu desejo, do meu amor
Gosto de fechar os olhos
Fugir no tempo
De me perder "




sem métrica/repetição