domingo, agosto 14, 2011

ao meu "querido diário"

dei chance a um velho amigo.Um movimento simples,ouvir.Seus novos conselhos imersos de velhas frases e sonoridade facilmente reconhecida, chegou, geminianamente, num momento preciso,cheio de dores, redescobertas e revestido, piamente, de vida. 

Da miudez que cerca esse seu novo romance, me atiro, refaço,permito que minhas dores saiam de cena e que eu não deseje tantos acertos.

Acordei cheia de vícios extintos, com um sorriso sem um pré  formato, ouvindo e espreitando o sol.
E depois  do rádio, coli uma nova uva, desisti do que havia programado e dei um telefonema mas você não me atendeu.



 E Chico diz: " e meu coração
                  que você sem pensar
                  ora brinca de inflar
                  ora esmaga"

domingo, julho 31, 2011

venho de uma estância de auto descobertas mesmo sem as devidas tentativas.

Abri uma gaveta sem resquício algum de naftalina, já que acreditava piamente na força do meu sangue de barata;
Sinto uma compressão na boca do estômago e uma suadeira atípica sempre que te tenho por perto ou mesmo que seja o seu nome no visor do meu telefone, que exaustivamente ingrato, não pára de tocar. 
Tento não me lembrar da sua percepção minuciosa, da minha vontade contida de te dizer porque meus olhos andam tristes e da estranha sensação de me sentir querida quando você está por perto.
Fato que, da leitura nossa e  recente, você pôde perceber que não faço o tipo de sombras pemanentes, como disse, são nuvens da estação que, por hora sentem muitas dores, mas que assim como você, apostam muito mais na leveza e no sorriso dos dias. Me fazendo pisar em nuvens e amar a cada instante que dividimos.
Eu sinto saudades, e me desculpe, falo de uma linguagem para além da físíca, na verdade sinto para além dê. Quero te dar meus olhos para tomares conta e ler para você as frases encatadas de Galeano. 

sexta-feira, julho 15, 2011

Perdoe-me. Há um leve desconforto. Há uma pressão comprimindo o meu peito. Há uma vontade imensa de não me resguardar. Não faz meu tipo ser refém do medo. Por isso me refiz. Não quero você ao meu lado a qualquer preço. Tenho lá ou quero ter, minhas limitações. Já desgastei nossas possibilidades.

quinta-feira, julho 14, 2011

faz do resto tráfego

não é  a insônia e nem porque meu pé esquerdo está dormente. Já não anseio tanto sentir. Apenas preciso que isso passe.
Do sorriso que me cerca quando te vejo, hoje me cobri de uma ar vertiginoso.
Pura vontade de voltar atrás,de qualquer valia no teu timbre, estou aqui num perder de sono,numa busca para não ter mais dúvidas e rapidamente aniquilar esperança, mesmo caso seja verdadeira.
Se tinham variadas formas estas fôrmas se quebraram. E não sou nenhuma avestruz já que meu estômago não te perdoa.  Mesmo assim preciso de um tempo para atravessar o tráfego. Quanto tempo faz? Soltei meus cabelos já devia estar na hora. "A gente faz que discorda e etiqueta tanta porta para dizer que não mas é de sudo cego e mudo" Perdem se as estrófes e: " um de dois culpados"


ouça: Tráfego- Tais Alvarenga
http://www.myspace.com/taisalvarenga

quinta-feira, junho 09, 2011

Não faltavam motivos para que tudo me fosse mais consciente. Já não faltam conclusões para que eu deixe de dizer que sou.
Há estrada suficiente para que enxergue minhas escolhas mesmo que numa sinopse turva.
Comecei a recolher a poeira e a pele morta do chão, para readaptar aos meus ombros, mais resistentes e aderentes ao peso.

domingo, maio 22, 2011

era melhor que fosse de causa puramente alérgica, não aguento mais esses olhos tão inchados e essa falta de horizonte que nos persegue.
dias de outono e as dores repetidíssimas. E não saber dos nossos sonhos são feridas em demasias.

A vontade de fugir que comprime meu estômago as vezes se acalma. Óbvio que não é por sua companhia e quem dirá por nós, já que nos desenhamos tão imprecisos, angustiados e devairados.

Não havia pensado no fim de nossas horas mas de repente era o fim, sem estrada, sem outeiro e sem volta.

segunda-feira, maio 16, 2011

25

Não era mais nada. Era ser o que não se via. Era ser o que não se sabia; e retornávamos ao quadro de dormência. Mas parece que a proximidade do um quarto de um centenário trazia mais acidez, mais expressões desequilibradas, mais desânimo e mais consciência da falta de. 

pra ter certeza que as dores se repetem

'Sentei me. Sentei me como quem sutilmente carrega o próprio corpo. Havia algo diferente no café. Quando dei conta da observância anterior, vi que tudo indicava uma leve tristeza no meu paladar. Não cruzei as pernas como o de costume. Debrucei sobre meus pensamentos. Eram nuvens carregadas. Eu precisava de água corrente, na cabeça, certamente. Mas entrei no café, além do café de sempre, pedi uma água. Com gás e limão por favor. A temperatura quase que ambiente incorpada as rodelas de limão, me agradavam. Senti meu âmago ou o meu coração desacelerar. Quem saberia? Relutei por alguns instantes. Mas assumi o cenário desenhado, perfeitamente,para a minha atmosfera. Centro, paralelepípedos, pessoas vagando atordoadas, muitas vozes, sinais que se confudiam com fumaça, o céu já não tinha tanta forma. Eu e meus devaneios, sutis e sentados, dentro da cafeteria. De repente se apagaram as minhas luzes, já que comecei a indagar sobre os nomes das ânsias que se comprimem por meio de palavras repetidas no meu peito. Por mais que eu re-olhasse o cardápio, meu paladar se mantivera intacto e rendido a tristeza. Então mais água. Sem cachoeira. Sem chuveiro gelado. Somente água e as borbulhas de desamor. Quando ascenderam minhas luzes, olhei para os lados e me senti como quem acha que não tem nada, como quem somatiza faltas: de esperança, amor e fé.'

domingo, maio 15, 2011

era hora de se ausentar, sem essas entrelinhas bobas, da mudança que sucede, que aceito, independente do bom grado, da falta de coragem para dizer o que somos, desse silêncio pobre que me converge a mera expectora e a uma fala besta de quem não quer convencer. Olhor pesado, muita maquiagem, muita anestesia e quem não quer?

dos olhos díspares

cor de rosa, um sonho.

domingo, abril 10, 2011

não queria dar asas para as frases que envolvem os domingos. Porque a  vida muitas vezes ultrapassa as nossas conclusões. Que são filtros únicos e as vezes imovéis.
E é tanta calmaria que eu me assusto,
é tanta felicidade que não aceitamos, que arrebatamos nosso mundo de tanta inquietação. Não tenho acreditado nas minhas escolhas e nem mais fígado para desviar os meus olhos de você.
Há tanta dor que eu não compreendo. Tantas vidas que eu amaria salvar. E insistentemente não ajustos os meus defeitos e me sufoco por sofrer.
Você sempre foi a melhor parte de mim, nos perdemos, e depois, eu, cheia de consciência, decidir ir embora. Decidi não mais conter a tua fúria e fazer felizes teus dias ou te ajudar na mudança. E me transborda o remorso de não evitar o que sinto, porque queria dar corda sempre, mesmo com essa dança, papeis inversos, sempre inversos e eu contive o nosso amor.

domingo, abril 03, 2011

a tanto espaço para falta de coisas, há tanto vazio para pouco espaço e já não sabemos para onde vamos. Uma sobrinha entre estas minhas frestas amedrontadas para que eu lembre que essas dores não se vão com o tempo. Quem assim cobrava em algum momento fatidico saberá da angústia explosiva dentro do peito. Que sempre seremos, em parte, ausência, que as vezes será uma sede,sonhos, noutros pura insatisfação do ser. Pu-ra/in-satisfa-ção, do meu ser.

sexta-feira, fevereiro 04, 2011

Nicest Thing

parece que é fantasia, minha vitrolinha cerebral nao pára de cantarolar, ora pois, é felicidade, coisa que sempre me persegue, que Alah me conserve assim, mas sei de uma leve diferença no meu olhar, há sim uma nuvem que me impulsiona. Ela só pode ser a velha frase batida: uma nuvem com nome, cheiro,cor e endereço. Meu rosto tem uma forma mais viva e eu não quero passar como quem não quer nada.Meu corpo tem vontade de sonhos.Já tive vários deja vus, eram nossos,éramos nós, felizes e nos olhando.
 
 
"All I know is that you're so nice
You're the nicest thing I've seen
I wish that we could give it a go
See if we could be something

I wish you'd hold my hand when I was upset
I wish you'd never forget the look on my face when we first met
I wish you had a favorite beauty spot that you loved secretly
'Cause it was on a hidden bit that nobody else could see"
Kate Nash        

sexta-feira, janeiro 28, 2011

5

"eu só vou se for pra ver uma estrela aparecer na manhã de um novo amor" 

De que são feitos os nossos olhares? 

Das dúvidas que carrego no meu peito, dos sonhos que alimentam minhas buscas,das vontades desenfreadas de cuidar do que amo, sou um velho baú de felicidade e gratidão. Mas ainda assim do que são feitos os nossos olhos?

quarta-feira, janeiro 19, 2011

antes do ínicio

Lumiar,01 de Janeiro de 2011
Havia uma leve clareza do que me faltava.
Será que faltava um pouco mais de mim ou um pouco mais de alma?

Puro clichê e toda a relevância da natureza querendo entrar no meu peito, mas as vezes parece que o que falta é o espaço dentro dessa mística que me entorpece.
Distrinchamos, ou melhor, encontramos com as portas minhas que estão fechadas. Óbvio que decidimos que seria o momento da chave na fechadura.
A minha ignorância me mantém perto de todo o amor que eu preciso e meu corpo está numa temperatura desordenada.Sou feita de luzes que não se autoexplicam e não chegam a um denominador comum. Hoje, tento permanecer em silêncio. Tento não olhar no seus olhos. Sou uma ventania angustiada que necessita cessar. "Seria o acaso e não sorte" Eu não paro.Cuspo. Mas sinto ainda todo o meu peso e já é ano novo. Eu escondo sorrissos. Saudades de ir para casa.

segunda-feira, janeiro 17, 2011

velhas grades

eu já havia desejado os teus olhos,
mesmo em meio tanta preocupação e uma leve ardência no estômago.

Daqueles dias de náuseas
Daqueles dias que anseio cheiro de calma,
me sentia incoformadamente num desses filmes holywoodianos.
Assistir, simplesmente assistir, causava mais que dormência, mais que tristeza,
atestatava minhas mediocridades mas ainda assim deixava claro para onde eu deveria seguir.
Eu abri os meus olhos pela manhã e comunguei com o Universo como quem não quer repetir os mesmos erros. Eu sentia sede.

eu egoístamente sentia sentia sede de sonhos
eu erradamente queria fazer música dos teus olhos
eu tolamente queria promover mudanças com as tuas cores
queria sentir o cheiro, fazer poesia.

Só que hoje não fez sol,
Hoje não é um dia de sol, mesmo que eu pense em permitir que as borboletas invadam o meu estomâgo.

Tuas grades me fizeram querer ir além de mim.
e das minhas fatias que pensam em  mudança, te vejo
dos meus velhos quereres, quero saber dos seus sonhos,
e das suas sombras, quero amar os defeitos,
das minhas lágrimas quero querer pensar em estar contigo, mesmo que esse pensamento seja breve
com as minhas mudanças quero escrever palavras tuas
E das dores e alegrias que posso colher, não consigo me arriscar.

quarta-feira, janeiro 12, 2011

rastro

Mas eu preciso de um nova forma, eu preciso esquecer as dores das ruas e rabiscar todo o meu texto, eu preciso espisinhar minhas verdades confortáveis e desmascarar esse sorriso forte. Eu preciso viver.

Se Puder Sem Medo

Deixa em cima desta mesa a foto que eu gostava
Pr'eu pensar que o teu sorriso envelheceu comigo
Deixa eu ter a tua mão mais uma vez na minha
Pra que eu fotografe assim meu verdadeiro abrigo
Deixa a luz do quarto acesa a porta entreaberta
O lençol amarrotado mesmo que vazio
Deixa a toalha na mesa e a comida pronta
Só na minha voz não mexa eu mesmo silencio
Deixa o coração falar o que eu calei um dia
Deixa a casa sem barulho achando que ainda é cedo
Deixa o nosso amor morrer sem graça e sem poesia
Deixa tudo como está e se puder, sem medo
Deixa tudo que lembrar eu finjo que esqueço
Deixa e quando não voltar eu finjo que não importa
Deixa eu ver se me recordo uma frase de efeito
Pra dizer te vendo ir fechando atrás da porta
Deixa o que não for urgente que eu ainda preciso
Deixa o meu olhar doente pousado na mesa
Deixa ali teu endereço qualquer coisa aviso
Deixa o que fingiu levar mas deixou de surpresa
Deixa eu chorar como nunca fui capaz contigo
Deixa eu enfrentar a insônia como gente grande
Deixa ao menos uma vez eu fingir que consigo
Se o adeus demora a dor no coração se expande
Deixa o disco na vitrola pr'eu pensar que é festa
Deixa a gaveta trancada pr'eu não ver tua ausência
Deixa a minha insanidade é tudo que me resta
Deixa eu por à prova toda minha resistência
Deixa eu confessar meu medo do claro e do escuro
Deixa eu contar que era farsa minha voz tranqüila
Deixa pendurada a calça de brim desbotado
Que como esse nosso amor ao menor vento oscila
Deixa eu sonhar que você não tem nenhuma pressa
Deixa um último recado na casa vizinha
Deixa de sofisma e vamos ao que interessa
Deixa a dor que eu lhe causei agora é toda minha
Deixa tudo que eu não disse mas você sabia
Deixa o que você calou e eu tanto precisava
Deixa o que era inexistente e eu pensei que havia
Deixa tudo o que eu pedia mas pensei que dava

Oswaldo Montenegro       

segunda-feira, janeiro 10, 2011

Que cores são essas?

Que cores são essas?  Já que estamos infinitamente sem recursos para redescobrir o nosso céu.
Sem negar qualquer aspiração ao milagre, sem desacreditar um minuto " na pureza das crianças", sem deixar que sequem minhas lágrimas diante das explosões dos planetas madrugada  adentro. Impossível, óbvio que é impossível, já que um dia eu me encontrei diante daquele céu. (Sentei, olhei para o alto, fiquei em em silêncio numa madrugada dessas e ao olhar pro alto, vi que não havia película alguma entre nós. Eu feito criança, sorria com meus olhos, e via sem ajuda dos binóculos, mais de um milhão de estrelas, não senti medo nem do escuro e entendi porque ali seria, de fato, o quintal do mundo.) Não há como perder as esperanças. Mas me pergunto: Que cores são essas?