terça-feira, outubro 13, 2009

Nem tinha muita ideia de que horas eram. Até agora não faço e pouco me importa. Mas haviam Eras , e mais Eras, que não recebia um telefonema assim, na calada da noite e surpreendente. E eu que já pensava sobre as mesmice do dia a dia e a falta de encanto ao longo da semana, me inquietei. E fui capaz de sentir como há muito não sentia, ao ouvir uma voz do outro lado da linha angustiada de vontade de compartilhar. Compartilhar, que era a única certeza de que tudo podia sim fazer sentido; e sabíamos milimetricamente sentir o êxtase de. E se compartilhávamos, não tinha importância se saía como planejado, o importante era a troca, a sensação de viver junto e se alimentar de experiências. Deixando pra trás lugares fantásticos, doces, apaixonados e ternos. Me sinto cercada. CERCADA.

deixo de lado essa sensação corrosiva para mergulhar, no maior sentimento que já fui capaz de (...) em vida, o amor. Chega a ser invasão, explosão, furacão quando lembro dos dias que não serão mais.


(É muito difícil viver sem aquela cumplicidade dos pés a cabeça, a identificação, a histeria geminiana e o nosso pulsar que é genuinamente nosso, é difícil, é difícil, mas é tão lindo lembrar do que vivemos, do que eternamente sentimos(sentiremos) e do que sempre seremos.)

Amém

terça-feira, fevereiro 17, 2009

Queria responder rápido. Instantâneo. Cuspido. Pra não perder partes. Na verdade não sei se é por isso. Talvez pra focar no que me prendi. Realmente acho que achar é um de nossos verbos. A coisa clara da não certeza.
Não, não acho que somos capazes de dividir tudo, externar, seja lá o que for. Isso é uma tentativa entre a mediação do medo e da coragem, acho sim que a tentativa de, muitas vezes, mesmo que somente mental de sermos, ou quiça, de dividirmos tudo um com o outro, ou claramente uma com a outra, faz sermos essa coisa que não se explica e muito menos ninguém entende. E repetidamente, insistentemente, demedidamente gritamos que Somos.
O vazio, as buscas que se acentuam dentro ... , não sei, pensei agora que, se remetem a esta angústia do tempo deixando claro que não existem respostas. E sim, faltam objetivos grandes e pequenos, que não temos ao menos aspirações em tê-los. E agora me pegunto: e daí?
Quando eu me escondo de mim me escondo de você, será que entende? Fico quase que sim. Parece uma mentira pra mim mesmo e é o que mais tem acontecido. Já disse isso outras vezes.

e mais pertubada fico quando em situações diferentes sempre dividimos as mesmas coisas até mesmo quando discordamos.