sexta-feira, agosto 27, 2010

Suas pernas frívolas passam de um lado para o outro.Ouço como uma música desgastante os seus passos.Do quarto para sala, da sala para não sei aonde. Não consigo saber qual é estação do ano entre as pequenas frestas de suas expressões.

segunda-feira, agosto 23, 2010

Rios,

Tenho amores. Estou errada. Penso sobre as intermitências da vida. Quero novas folhas.Novas falhas. Terei páginas em branco. Eu juro! Querido Raúl, troquemos a autopiedade. É sede de novos planos. Fonte de novos erros. Hoje é segunda-feira e sinto cheiro de sonhos.

quinta-feira, agosto 12, 2010


"Eu não sei ao certo se tive outra vida, ainda que eu acredite.
Eu não sei, nem ao menos, se o amor que sinto é honesto a mim, ou a
quem amo, ainda que o sinta.
Não sei se o que escrevo é poesia, ou síntese de alguns guardados
que levo numa mala de carne e osso, ainda que acredite e seja
sincera.
Não sei se tudo o que desejo e sonho serão verdades convertidas
assim, para esse substantivo em real, mas por tê-los comigo já o
são, acredito.
E você que a muito não vejo, que a saudade presa a sua solitária,
queima as cartas que não me escreve, em revolta a mim como diretor
deste edifício de lembranças, acredite, lembro de você na fumaça que
me sufoca."

Raphael Neves
Saiba esperar, não se negue a crer

terça-feira, agosto 10, 2010

Um tempo de muita sorte.

de um antigo livro de cabeceira,

O bom mesmo, às vezes, mesmo que seja as vezes, é a gente ler,


"Yes, I need somenthing
I always need something
If it`s a love
Or if it´s a drink
Oh hell, I don´t know
I just need something.
Tá faltando alguma coisa
Sempre tá faltando alguma coisa
Se é de mudança
Se é de esperança
Ó inferno, não sei
Só sei que tá faltando alguma coisa
Essa insatisfação que a gente sente
Ou a solidão permanente
Tem que estar faltando alguma coisa"
Raúl Seixas

quinta-feira, agosto 05, 2010

meu querido Raúl,

desconfio dessa liberdade que é tão afirmada.Somos apenas.Sejamos simples, não precisamos guardar palavras e esconder rostos. A verdade é a maior liberdade que sou capaz de enxergar. E acredito que você também pense assim.Dentro da verdade, passo a passo, vou descobrindo e redescobrindo todas as minhas imperfeições e tateando a mudança do mundo.É engraçado como preferimos a hipocrisia. Tive uma crise de risos e tomei uma taça de sangria sozinha, meu velho amigo. Penso nas mentiras que contamos a nós mesmos.

quarta-feira, agosto 04, 2010

Morremos e nascemos muitos dos dias.

do teu pão de cada dia

Acho que não tenho direito algum.Mas acredito que o direito venha do que se sente.
Quero acreditar que tenho direito pelo o que sentimos.Ainda não dissse pelo que já. Pelo o que um dia será jaz.Pelo que,assumidamente tenho vergonha,de não querer mais sentir.
Era uma adoração inócua,inexplicável,trabalhada a mão,a muitas mãos,de muitos,ambos defeitos.E toda aquela sua preponderância,não era capaz de desfazer toda a sua perfeição.
Entraste,conheceste cada canto absolutamente milimétrico de cada entranha defeituosa,de toda as nossas estruturas.Não éramos 1,éramos toda uma cadeia viva.E somos!Sempre Seremos.

Portas são muros de confiança,que só o amor é capaz de transpor.

Eu senti muito medo.Medo daquela figura,que não tenho medo de dizer,tão amada,se desfazer.Me causando um sentimento tão pobre como não suportar a sua felicidade.Como ter vontade de picar em pedacinhos cada letra radiante do teu dia a dia.Não quero esse medo.Não quero sentir o cheiro do gosto que tem.Odeio café pequeno.
Entendo,entendo a batida nova de cada coração pulsante,entendo de novas chaves em novas portas,de novas oportunidades,de correr novos riscos para encontrarmos o pequeno movimento que nos encaixamos no universo para a conquista do que encaramos como felicidade.Somos livres,sei,bem sei.Ou achamos que somos.
Quem sou eu pra dizer que não tens o direito de fechar uma nova porta?Mas há,e quem somos nós para negar,uma epécie mínima de amor que rege o universo!
Entraste sim,Invadiste muros meus,de amor,de família,de família,de noites em claro, de idas inergúmenas estrada a fora.De amor,que ainda existe,de muitos lados e de diversas maneiras.
Se há uma nova porta aberta certamente fechaste alguma.E me importa como.Me importa como sim!Não pense que sua felicidade pode engolir o mundo.Somos parte dele e cada digital nossa terá consequências em vidas; e essa é a nossa única oportunidade impressa,de marcar o mundo.Não faça dela uma arma química.
Não é mal agouro,não é vingança,é sede.

em um dia de aspas

"As cores do seu lápis é você que clama.O que importa agora,é que somos seres nesse mundo que se dá de narrativas lineares.Respire e escolha boas cores..."

"Queremos notícia mais séria sobre a descoberta da antimatéria e suas implicações"

Nós somos parte de fluxos irreversivelmente reversos de sorte e revés.

um velho amigo,

Rio 02/08/2010 17:58
Penso também sobre tudo o que nos hoje é entranha e mal conseguimos perceber quando foi que tal ideia invadiu a nossa vida e de lá,assim,se fez o que somos.Ou então o que era.Mas o que me pegou mesmo,foi pensar que há tanta víscera nossa que desconhecemos,tantas marcas,lições,vida que já nos é real,que já jaz em nós, mesmo que falemos de andarmos distraídos,e que antes não era nosso com ou sem distração.Há um momento em que,enxergamos proveniente do pensamento,somos seres pensantes,correto?
E ontem te escrevi porque, " Por não estarem distraídos" hoje é visceral.Mas me dei conta de que é tão entranha que eu já não fazia ideia de que muitas coisas vem correndo para dentro da vida e passam a ser,assim como pessoas.

segunda-feira, agosto 02, 2010

Revolução pura

"Todo coração, uma célula revolucionária"

LEIA: http://www.cotidianocronico.blogger.com.br/