terça-feira, outubro 13, 2009

Nem tinha muita ideia de que horas eram. Até agora não faço e pouco me importa. Mas haviam Eras , e mais Eras, que não recebia um telefonema assim, na calada da noite e surpreendente. E eu que já pensava sobre as mesmice do dia a dia e a falta de encanto ao longo da semana, me inquietei. E fui capaz de sentir como há muito não sentia, ao ouvir uma voz do outro lado da linha angustiada de vontade de compartilhar. Compartilhar, que era a única certeza de que tudo podia sim fazer sentido; e sabíamos milimetricamente sentir o êxtase de. E se compartilhávamos, não tinha importância se saía como planejado, o importante era a troca, a sensação de viver junto e se alimentar de experiências. Deixando pra trás lugares fantásticos, doces, apaixonados e ternos. Me sinto cercada. CERCADA.

deixo de lado essa sensação corrosiva para mergulhar, no maior sentimento que já fui capaz de (...) em vida, o amor. Chega a ser invasão, explosão, furacão quando lembro dos dias que não serão mais.


(É muito difícil viver sem aquela cumplicidade dos pés a cabeça, a identificação, a histeria geminiana e o nosso pulsar que é genuinamente nosso, é difícil, é difícil, mas é tão lindo lembrar do que vivemos, do que eternamente sentimos(sentiremos) e do que sempre seremos.)

Amém

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