terça-feira, maio 13, 2008

A Fala sem Fim

Calar é parte do refúgio do poeta bebâdo que não se permite Não fingir

Silêncio que denuncia a própria alma

Prelúdio, para se confessar
seja pra quem for.
E praquele que denuncia a minha dor
e dispõe a alma, para eu não calar,
anuncio um silêncio melancólico,
Insistindo que fingir ameniza a minha dor,
e repetitivamente anuciando o silêncio
Já que o meu avesso desordenado,
grita
revira
clama
pela exposição da ferida, amarga
gosto de féu (?)
avesso claro
de quem deveras transforma o que sente,
Fingindo que não existe dor

Tens aqui, declamado,
meio palavras tortas, o motivo perdido, pra enfrentar o meu silêncio,
Desvendando porque as palavras, que sempre me foram tão conpanheiras,
hoje me faltam, pois não fingir, é sentir uma dor tangente.

Nenhum comentário: