terça-feira, outubro 19, 2010

Porta e Retrato.

Já virei as costas. Já era sabido que preciso me sentir livre do que propriamente sinto. Jamais escondi.
Não há nada tão encantador e que guie com força os meus olhos e coração, do que o que recebo de graça e que me permita doar, mesmo que seja inócuo. Essa é a minha fuga. Numa paráfrase cheia de eufemismos não existem mais perguntas nossas. Sei que não reparam que não sou de pedir mas anunciei: gosto de orações em meus ouvidos, permitam-me.
Lovavelmente deixei de ser  redoma, nunca fora nossa, entenda. Quando digo de compartilhar, renego com a fúria do ventre cheio a possibilidade de qualquer troca. Agradeço, mas não aceito insistidas instigas para ouvir o que eu piamente não creio. Sei de todas as minhas entranhas. Mas minto, preciso de ajuda para despir minhas armaduras. Por vezes, desconheço meus labirintos.

Sei que duvidas desgeneradamente de meu silêncio.

Não basta que transbordo de felicidade sem questionar.
Dos teus cataclimas espontâneos recolho só coisas boas. Reinvento qualquer falta. E mesmo do que me entregam deliberadamente e de bem, aprendi a dizer.

2 comentários:

Gabriel Ide "bael" disse...

wonderful!

Nossa...

Precisamos conversas sobre!

Gabriel Ide "bael" disse...

wonderful!

Nossa...

Precisamos conversas sobre!