sexta-feira, outubro 22, 2010

amor ao caos

São várias fotografias o amor. Minha licença poética. Não aguento mais seus olhos cheios de chuva. Fotografias são estáticas, não se enveredam nos extremos do relacionamento desfazendo as nuances.
O amor é uma fotografia?
Nosso lambe-lambe, jaz esteriotipado dando asas as nossas insanidades evasivas, que querem a qualquer custo a fotografia perfeita. Não quero foto eu quero tato.Teu retrato não é o que me move, gosto de sentir o gosto de sangue,do mangue e da nossa confusão. O gosto da morte, do recomeço, do que é o revés de azar ou sorte, do abrir e fechar intrepidamente dos olhos, mesmo que isso não mais te encante. Nossas fotos se auto desenharam, eram fatos de um único momento e só! Isso não basta já que o universo é um gerúndio em perfeita comunhão.E dessa areia movidiça de embaraços desvairados que vibram dentro do meu peito preciso captar o nosso momento mágico sem que percamos nossa lama, o nosso caos, a nossa cama,sem que a foto vire nosso fato.

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